sexta-feira, 21 de dezembro de 2012



Renovação

Mais um final de ano se aproxima e com ele a vontade de renovação toma conta de nós. Embalados pelos festivos natalinos, onde comemoramos o nascimento do Ser mais histórico do mundo, sentimos a necessidade de compartilhar as energias que movem o mundo – os sentimentos. E nada é melhor que presentear nossos afetos com os nossos sentimentos mais puros e sinceros desejando paz, amor e felicidade. Pode parecer piegas e nem mesmo original, mas há presente melhor do que ganhar a paz, o amor e a felicidade?

Paz, amor e felicidade são presentes nascidos das nossas relações com o próximo, sentidos individualmente e com um poder de contagiar indescritível. Presentear esses sentimentos é compartilhar um pouco de si, é receber um pouco do outro. E a qualidade do produto depende unicamente da intensão, seja ela individual ou coletiva.

Só que esses presentes são construídos a muitas mãos (inclusive a minha e a sua) e, portanto, delicados. O processo de construção desses mimos envolvem muitos materiais – expectativas, vontades, resignações... E por tais regalos serem compostos por ingredientes altamente surpreendentes é que a frase “Só misturando pra ver o que vai dar!” descreve o que pode acontecer.



Então, que aconteça o melhor, sempre!! Que saibamos misturar os ingredientes e juntos construirmos os presentes que desejamos receber. O Blog da Caravana RGE – Educando para a eficiência se despede de 2012 e deseja que os presentes deste Natal sejam o resultado harmônico da mistura dos sentimentos que cada um carrega em si. Em janeiro de 2013 voltamos para continuarmos a trilhar a estrada do conhecimento.  

Boas Festas!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Professores,

Tem postagem nova na página "Atividades para desenvolver com os alunos". O novo desafio é criar e recriar com as palavras. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Olá Professor!

A sugestão de hoje é a leitura do texto abaixo. Ele é um trecho do artigo “Educação Ambiental e Ecoturismo” da autora Rita Mendonça.  Nele você irá viajar numa reflexão sobre as posturas humanas frente à educação ambiental.
Boa leitura!




UM NOVO SENTIR/PENSAR/OLHAR/AGIR?

Considerando-se as múltiplas facetas da questão ambiental, é necessário revermos qual a verdadeira missão da educação ambiental. Se ela veio para alimentar nossa esperança de construir um mundo novo, mais harmônico e pacífico, ela precisa ajudar os indivíduos a compreender a realidade em suas múltiplas dimensões, preparando-os para serem livres para criar caminhos realmente novos.

Se ela surgiu como um dos instrumentos para viabilizar um desenvolvimento sustentável, ela deve considerar que os problemas a ele relativos “caracterizam-se, entre ouras coisas, por sua complexidade. Essa complexidade deve ser transmitida e compreendida, ainda que isso não seja fácil nem, necessariamente, agradável. A simplificação de problemas complexos, muito frequente hoje em dia, não é apenas uma manobra fraudulenta na medida em que dá uma falsa representação da realidade, mas também um ato de irresponsabilidade de parte daqueles que compreendem os problemas (UNESCO, 1999)”.

Alguns caminhos amplamente adotados tais como ações para a proteção das florestas, o reaproveitamento de materiais, economia de matérias primas e energia, a reciclagem apesar de absolutamente fundamentais, eles não são suficientes para engendrar os processos de profunda transformação de que estamos precisando. Além destas, é necessário o desenvolvimento de outras estratégias que ajudem as pessoas a irem além, a pensar diferente, a modificar a estrutura de pensamento à qual estamos condicionados, formatados. A desfazer a nebulosa barreira sujeito-objeto, sob a qual estamos acostumados a nos relacionar com o mundo.

É evidente que, dada à complexidade das questões humanas e se consideramos que nosso modo de vida atual levou alguns milênios para se constituir, temos que aceitar que as mudanças deverão ser lentas e gradativas. Elas são, de qualquer forma, inevitáveis.

Ao mesmo tempo, podemos pensar que somos capazes de fazer muito mais do que temos feito. Ainda agimos condicionados a um mesmo modo de pensar, repetimos comportamentos já existentes há mais de dois mil anos atrás.

Então, não seria essa a verdadeira missão da EA? Encontrar os caminhos para levar os indivíduos a novas maneiras de pensar? A livrarem-se de seus condicionamentos familiares, históricos, culturais? Senão, como pensar uma nova sociedade? Como sair desse círculo vicioso? Como solucionar os problemas ambientais ou mesmo atenuar os seus efeitos? Einstein dizia que não podemos resolver um problema permanecendo no mesmo nível de consciência em que o problema foi gerado. Para tratar dos problemas ambientais temos que alcançar uma nova perspectiva.  “Para criarmos uma sociedade sustentável precisamos de psiques sustentáveis” Mitchell Thomashow.

É interessante pensar que, ao ser proposto o termo Educação Ambiental, o significado original da palavra Educação ficou perdido em um tempo distante em que a palavra foi criada.  Do latin, educar vem de ex-duco, ou seja, conduzir para fora. O educador é aquele que auxilia o educando a expressar seu interior no mundo em que vive. Considera que o indivíduo não está vazio, mas contém em si a sabedoria do mundo. Todo saber vem dessa expressão. Então educar já tem em si o componente ambiental. Seria redundante uma educação ambiental, se os sistemas de ensino não tivessem se esquecido de sua origem e de seus propósitos. 

Cada ser humano é um microcosmo. Cada um pode realizar uma transformação integral. Se a EA tem indicado que a ação de cada um deve ser local e sua abrangência deve ser progressiva, no nível individual a transformação deve ser plena, abrangendo a totalidade do indivíduo, ou seja, as suas instâncias internas e externas, atuando em suas relações consigo mesmo, com os outros, e aí sim, com o mundo em que vive. A ideia de que cada um faz a sua parte fica insuficiente. A junção das partes não forma o todo que se deseja. É preciso uma atuação integral em cada um.

Ainda que possa parecer fantasioso, ousamos dizer que as visitas à Natureza, dependendo de como forem conduzidas, têm o potencial de atuar nesse nível em que, acreditamos, a educação deve se reportar: à busca da apreensão do todo. Se o ecoturismo for sinônimo dessas visitas, de forma organizada, então ele tem o potencial para realizar essa mudança!

O artigo completo encontra-se disponível em:


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


O post de hoje é fantástico para quem gosta de novas tecnologias
 e não abre mão da educação das crianças. Confira!


DUAS CURIOSIDADES TECONOLÓGICAS QUE ENSINAM
 CRIANÇAS A POUPAR ENERGIA





Este é o Power Hog, um porco-cofre que ensina as crianças os custos e o consumo de energia, associado com o funcionamento de dispositivos eletrônicos. Criado por designers americanos, o porco-cofre transmite os princípios de economia de energia às crianças de forma lúdica e divertida.
Seu funcionamento é muito simples, depois de conectar o rabo a uma tomada e um dispositivo eletrônico no focinho do porco, deve-se inserir uma moeda no "cofre".  Assim, ele irá gerar 30 minutos de energia para o aparelho conectado em seu focinho.  A moeda depositada fará com que um sinal em forma de cifrão na cor verde brilhe, indicando que há crédito suficiente. No entanto, com o passar do tempo e à medida que aumenta o consumo de energia o sinal muda para um vermelho piscante, indicando que o porquinho está ficando sem dinheiro. A luz também ajuda os pais há saberem quanto tempo às crianças ficam na frente da televisão, por exemplo.
O porquinho introduz as crianças o tema da eficiência energética, aproveitando o formato tradicional do cofrinho como referência visual. Associado com a poupança, o Power Hog foi um dos cinquenta finalistas do prêmio internacional Greener Gadgets Design Competition.

Os designers optaram pelo sistema de reutilização, que converte resíduos ou produtos “inúteis” em novos materiais ou produtos de melhor qualidade ou maior valor ambiental, para fazer a estrutura do porquinho. Para isso foram utilizadas garrafas PET, que permite boa performance a um custo similar ao dos materiais menos ecológicos. Power Hog é 100% reciclável e sua embalagem foi desenvolvida seguindo as diretrizes de embalagens.


Tio, nome dado ao invento desenvolvido pela empresa dinamarquesa Onzo, permite que as crianças demonstrem seus conhecimentos de economia de energia para as suas famílias, sem deixar de incentivar o seu papel como "Campeões de energia" da casa.

O conceito do “interruptor de luz que poupa energia” tem como objetivo sensibilizar as crianças em relação à energia que elas consomem. A energia mostra sua personalidade através de “rostos” que aparecem no interruptor de luz. O caráter vai se tornando progressivamente bravo quanto mais tempo as luzes permanecem acesas. Esse display de emoção irá incentivar as crianças a desligarem as luzes quando não houver necessidade, por exemplo, durante o dia, ou quando não estiverem presentes no cômodo. 

Se ficar ligada menos de uma hora a expressão é feliz e a luz do interruptor permanece verde, mas se a luz for deixada ligada por mais de quatro horas ele se assusta e fica amarelo e se o morador da casa se atrever a deixar a luz acesa por mais de oito horas, o interruptor se zanga e fica todo vermelho.

O interruptor de luz montado na parede se comunica com um computador para registrar o comportamento de iluminação da criança. Um aplicativo da web permite que a criança acompanhe seu desempenho de iluminação ao longo do tempo. O Tio relaciona o uso da iluminação com tópicos significativos para as crianças de como a energia afeta as árvores, animais e o meio ambiente local. Isso não só torna o consumo de energia mais compreensível para a criança, mas também mostra o efeito que a economia de energia pode ter em sua vida, engajando as crianças a darem sua contribuição pessoal para reduzir o consumo de energia.

E você, que tal um desafio?!!

Arrisque-se e invente uma forma usando a tecnologia para ensinar as crianças a poupar energia!! 


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Enfeites de Natal Sustentável


Na página de atividades ao lado (direita), postamos lindas imagens para um Natal Sustentável e simples de se fazer. Inspire-se e entre no clima de um Natal 
ambientalmente correto.No final deste post damos três ideias, cada uma com o seu passo–a-passo, 
para você soltar a imaginação e praticar 
esta atitude consciente!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

É tempo de renovação, época em que a maioria das pessoas pensa mais na família, na reunião com os colegas, na troca de presentes.... Para entrar neste clima de forma diferente, o post de hoje traz algumas alternativas sustentáveis. Confira!


DICAS PARA UM NATAL AMBIENTALMENTE CORRETO:


As compras para as festas de fim de ano nem sempre são bem planejadas. Mas, nós consumidores somos poderosos. Se todos comprassem só presentes ambientalmente amigáveis, as indústrias deixariam de fabricar produtos prejudiciais e o comércio deixaria de vendê-los. Sigam e divulguem as dicas abaixo para promover um Natal Ambientalmente Sustentável. Sem esquecer que mais importante do que comprar é confraternizar!!

FAÇA PRESENTES:



Você não precisa necessariamente comprar o presente, usando a criatividade e materiais que iriam parar na lata do lixo você pode fabricar o seu presente.

Que tal preparar uma receita culinária, por exemplo, aproveitando folhas e talos de hortaliças num exclusivo suflê para a ceia dos amigos? Biscoito e docinhos também fazem sucesso.

Suas plantas se reproduziram muito na primavera? Faça novos vasos bem caprichados para presentear quem você gosta. Custa pouco, além de ser um presente simpático e duradouro.

Outra boa ideia é inventar o próprio cartão. Porque não fazer uma colagem com folhas secas? O charme fica ainda maior se for papel reciclado.

E como a natureza é a forma mais barata e sincera de presentear, olhe a sua volta! Que tal usar folhas e flores secas para compor um belo arranjo ou um belo quadro? Com uma moldura simples você terá um presente bem a sua cara!

COMPRANDO PRESENTES:

A primeira dica é analisar as compras. Assim você evita desperdícios. Há quem chame este método de préciclagem. Faça uma lista antes de sair de casa. Coloque os nomes das pessoas que serão presenteadas e ao lado o tipo de presente que a pessoa gostaria de ganhar. Depois, analise cada opção e escolha aquele que for mais ambientalmente correto.

Para selecionar um presente ambientalmente correto, verifique a matéria prima usada para produzi-lo, o produto não pode conter substâncias perigosas para a saúde ou componentes retirados de espécies ameaçadas, como mogno.

Outro ponto é o método de produção. Só aceite produtos cuja elaboração não usou cruelmente os animais. Também pense nas pessoas. Não compre se a fabricação do objeto abusou da mão de obra infantil ou feriu os direitos trabalhistas, para isso, mantenha o hábito de ler nas embalagens a origem do produto e sua composição.
                                          

 Dê preferência a produtos artesanais.

Agora analise como o presente será usado. Por exemplo, crianças gostas de brinquedo. Escolha um que não precise de pilhas, assim, você estará incentivando a criatividade e a coordenação motora. Além do que pilhas poluem o ambiente durante e depois da fabricação.

Eletrodomésticos devem ter um selo informando o consumo de eletricidade. Se essa for tua opção de presente, aproveite para comprar um produto que gasta menos energia. É bom para o bolso e para o ambiente.

Embalagem é bonita, mas pode gerar montanhas de resíduos na forma de papel de presente e fitas. Se o papel não for reutilizado, esqueça! É dinheiro que vira poluição.

ÁRVORE DE NATAL:

Não sacrifique um pinheiro vivo pra enfeitar o teu lar. Escolha árvore com raiz só se puderes replantar depois.

Outra ideia é colocar enfeites natalinos nas plantas de casa. Podem ficar lindos!

Com galhos já caídos e usando bolas e fitas coloridas, dá para fazer um arranjo para compor uma árvore estilizada que decore a sua sala.

CEIA ECOLÓGICA:


Evite os enlatados e alimentos com muitas embalagens. Prefira os produtos a granel que são mais frescos e mais baratos.

Quando forem as compras, não se esqueça de levar a sua sacola retornável para evitar aquele monte de plástico que as lojas oferecem.

Se o produto industrial é indispensável pra a ceia, não arrisque a saúde dos que participam dela. Ao comprar verifique o prazo de validade e só adquira se estiver disposto em local adequado para sua conservação.

Não use copos ou talheres descartáveis na ceia. Também recuse toalhas e guardanapos descartáveis, porque eles podem parecer práticos, mas poluem o meio ambiente e são um contrário de presente para a mãe natureza.

Dica Final: Papel toalha e guardanapos fazem parte daqueles papéis que na fabricação foram alvejados com cloro. O cloro libera dioxina na atmosfera que é um gás cancerígeno. Recupere os hábitos que serviram a seus pais e avós. Use guardanapos e toalhas de pano.
Além de tudo são mais chiques!




OS 4R’s NO NATAL:

Ao ganhar um presente não rasgue o pacote. Abra cuidadosamente e separe a embalagem. Procure reutilizá-la. Por exemplo, um belo papel de presente pode servir para encapar um livro, uma caixa pode servir para guardar objetos.

Se não der para reutilizar a embalagem do presente, faça a separação colaborando com a reciclagem. Num monte junte os papéis, em outro coloque os plásticos, num terceiro deixe o que for vidro ou o que for metal. Depois, entregue estes materiais para a coleta seletiva ou para a associação de catadores do seu município.

Mas o melhor mesmo é evitar o desperdício. Reduza! Na hora de comprar o presente, não aceite embalagens que não sejam reutilizáveis. Aproveite para discutir e divulgar essa idéia com quem for participar da sua ceia.

Afinal, não desperdiçar é uma forma de repensar o melhor mimo de Natal para quem humildemente nos concede a matéria prima para nossos presentes - A Natureza!


Desejamos que você tenha um Feliz Natal Ambiental com sua família e amigos!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Que tal descobrir uma maneira divertida de aprender física? Um dos esportes mais praticados no mundo pode ser o tema de uma aula diferente. Entenda como essa brincadeira pode se transformar em estudo no post abaixo. 


FÍSICA DO FUTEBOL

Estudar física não ensina a jogar bola, mas um jogo de futebol ensina muita física para quem o observa. Uma bola, 22 jogadores, um campo, um apito e um juiz. Pronto! Está formado o cenário para uma grande aula de física!!
Por quê?
Oras... Futebol é movimento e movimento é Física!!!
O entendimento de Física para muitos estudantes fica à mercê da imaginação instigada pelo professor nas aulas teóricas. No entanto, o jogo de bola mais famoso do mundo pode ser um suporte muito eficiente na tentativa de resolver a compreensão de conteúdos como resistência do ar, lançamento oblíquo, fluídos e a diferença entre força de campo e força magnética. 


Num jogo de futebol, os jogadores exercem forças na bola que se detectam pelos seus efeitos, como deformação da bola, modificação do seu estado de repouso ou de movimento e variação da velocidade. Diz-se, então, que uma força é toda a ação capaz de modificar o estado de movimento de um corpo ou de lhe causar deformação. As forças traduzem a interação entre os corpos e podem ser exercidas por contato ou à distância. Quando o jogador dá um pontapé na bola, fazendo com que ela mude de direção, aplica-lhe uma força de contato, ou seja, há uma interação entre o pé e a bola. Aqui, há a considerar duas forças iguais e opostas que constituem um par - ação-reação. Isto significa que as forças atuam sempre aos pares, ou seja, à ação do jogador sobre a bola corresponde sempre a uma reação igual e oposta que a bola exerce no jogador.
Qualquer corpo oferece uma resistência à alteração do seu estado de repouso ou de movimento que se designa por inércia. Esta será tanto maior quanto maior for a massa do corpo. Assim, se chutarmos uma bola de futebol e uma pedra do mesmo tamanho com igual força, a bola irá atingir uma dada velocidade, enquanto a pedra pouco ou nada se moverá do seu lugar. Embora as forças exercidas sejam iguais, os seus efeitos são diferentes, porque a massa da pedra é maior do que a bola. A pedra resiste mais à alteração do estado de repouso, logo a sua inércia é maior, enquanto que a inércia da bola é muito baixa.
Quando se chuta uma bola, ela adquire uma dada velocidade. Então, porque será que a bola para ao fim de algum tempo? A bola vai diminuindo lentamente a sua velocidade até parar devido ao atrito entre a bola e o chão. O atrito é uma força que se opõe ao movimento da bola devido à interação desta com uma superfície. Quanto mais rugosas forem as superfícies em contato, maiores serão as forças de atrito. Se não existisse atrito, a bola mover-se-ia em linha reta com velocidade constante e não parava. As chuteiras dos jogadores têm pitões para aderirem bem à relva, que é uma superfície irregular. A rugosidade e a natureza da borracha permitem aumentar o atrito, tornando o movimento dos jogadores mais seguro. Quando andamos ou corremos é a força de atrito que nos empurra.  Para nos deslocarmos, os sapatos exercem no solo uma força para trás. A força de atrito, que se opõe a este movimento, empurra-nos para frente. Quando as solas dos sapatos são muito lisas e o pavimento é polido a força exercida pelo sapato para trás não faz surgir qualquer atrito e… escorregamos!
Uma bola em movimento no ar está sujeita a forças aerodinâmicas causadas pela pressão e viscosidade do meio, como a força de arrasto e a força de sustentação. A força de arrasto é a resistência que o ar oferece à passagem da bola, porém, ao contrário do atrito entre duas superfícies sólidas, a força de arrasto não é constante – ela depende da velocidade com que a bola se move em relação ao ar. A “crise do arrasto” é a súbita redução que a resistência do ar sofre quando a velocidade da bola aumenta além de um certo limite. A velocidade máxima que jogadores profissionais conseguem dar à bola é da ordem de 25 a 30 m/s, podendo atingir os 35 m/s. Portanto, a bola de futebol ultrapassa a velocidade de crise muitas vezes durante uma partida.
Por outro lado, devido às propriedades da força de arrasto, uma bola rugosa oferece menos resistência ao ar do que uma bola lisa. Este fenômeno pode parecer estranho, mas é o que realmente acontece. A rugosidade da bola diminui a resistência do ar, a altas velocidades. Por isso é que as bolas de golfe possuem orifícios – assim atingem distâncias maiores. Algumas bolas de futebol modernas inspiraram-se na de golfe, apresentando os mesmos orifícios característicos.
A força de sustentação surge quando a bola gira em torno do seu centro, produzindo o chamado efeito Magnus. Este se manifesta quando um jogador chuta a bola e, dependendo de onde ocorre o contato do pé com a bola, é possível imprimir-lhe uma rotação capaz de alterar a sua trajetória retilínea. Ao girar sobre o seu próprio eixo a superfície da bola sofre o atrito do ar. Isto influi na velocidade com que o ar passa em seu redor – na parte superior da bola, o ar é mais rápido; na inferior, mais lento. Devido a esta diferença de velocidade, ocorre uma diferença de pressão entre a parte de cima e a de baixo. A diferença de pressão faz com que a bola se desvie da sua trajetória normal, produzindo o efeito Magnus. A sua intensidade e influência na trajetória da bola dependem de vários fatores. A superfície áspera da bola e a grande velocidade de rotação, em relação à velocidade de voo, aumentam o efeito. Já a influência na trajetória manifesta-se, principalmente, nas bolas mais leves. Em linguagem comum, diz-se que o jogador chutou com “efeito”. Alguns dos golos mais famosos de Pelé e Maradona resultaram de magníficas jogadas com “efeito”.



 Artigo extraído e adaptado de: Ciência Hoje –Portugal, o original encontra-se em:  http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=1840&op=all











O livro “Física do Futebol” dos físicos e professores Marcos Duarte e Emico Okuno relaciona muito bem os conceitos e fórmulas da física - temidos por muitos alunos do ensino médio - com o futebol. A fim de facilitar a compreensão dos conceitos da disciplina e integrá-las ao cotidiano dos alunos, em seus quatro capítulos (Movimento, Força, Energia e Fluídos) os autores associam o futebol e a física para serem exploradas pelos professores em sala de aula.








No link: http://www.comunitexto.com.br/livros/fisica-do-futebol/ você pode conferir trechos do livro, bem como encontrar um material de apoio com conteúdo pedagógico, atividades práticas e exercícios relacionados à Física do Futebol.



Boa Leitura Professor!!
E corra... A bola do conhecimento já está no campo!!